quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Bastidores no bairro São Geraldo, em Pouso Alegre


Domingo à tarde enquanto muitos assistiam a rodada do Brasileirão, os programas de auditório ou estavam na rua, no bar, na casa dos parentes ou fazendo qualquer outra atividade, as integrantes do projeto "A gente vai indo..." Ana Luiza Fernandes e Edna Motta estavam em busca de uma personagem potencial para o blog. A senhora Maria do Carmo Miranda. Tínhamos o nome e a referência de onde ela mora e nada mais... A gente foi indo, pelo rumo, perguntando aos moradores. Chegamos até a casa e a primeira constatação: ela saiu com o neto.

Segundo os vizinhos, a senhora poderia ter ido à casa da filha do outro lado do bairro ou à igreja. Fomos então procurá-la na casa da filha. Outra luta, mas encontramos, lá tivemos a confirmação de que ela estaria mesmo na igreja. Partimos então para a igreja. Eram 16:45h, já fazia 45 minutos que estávamos procurando Maria do Carmo. Bom, pensamos, se o culto começou às 16h, certamente acabará às 17h, como faltavam 15 minutos, entramos e sentamos nas últimas cadeiras. De lá, os pescoços esticados procurando a nossa fonte, mesmo sem saber exatamente como era a sua fisionomia, tínhamos apenas um retrato-falado! Deu 17h e nada do culto acabar! Conclusão, acabou às 17:30h! Durante esse tempo, depois de analisarmos várias mulheres, focamos na senhora de vestido roxo, a única com uma criança por perto.

Suposição certa! Dona Maria do Carmo logo no primeiro contato já nos recebeu bem! É um prazer tão enorme entrevistar pessoas simpáticas, hulmildes e que ainda nos ensinam verdadeiras lições de vida! Assim foi com a senhora durante todo o tempo, ao chegarmos na casa onde mora, ela abriu a porta e disse sem rodeios "não repara a bagunça!". A casa humilde, com movéis estragados pelas enchentes que entram na residência todo começo de ano, as marcas de reformas inacabadas, as instalações elétricas precárias, o telhado sem forro, a única cama de solteiro que divide com o neto de sete anos...



Quando perguntamos das maquetes de casas que constroi, a senhora se encheu de orgulho e nos mostrou todos os detalhes. As casas não são bonitas apenas por fora, em cada cômodo, tem os móveis. Na garagem, tem carro; no jardim; tem flores. Em meio às gargalhadas, a senhora revela que as flores, animais e carros (de brinquedo) que enfeitam as casas, ela toma dos netos! E Maria do Carmo não constroi apenas com papel, cola e tinta não, em um passeio pela casa pequena, ela nos mostrou as portas, janelas, pia e piso da cozinha que ela própria assentou, além da mesa de madeira que montou para as crianças almoçar!


 
O neto, Juninho, quieto, obsevador e com um sorrisinho tímido que aparecia de vez em quando, revelou quando já estávamos de saída que torce para o Palmeiras, o que fez ligar a câmera novamente para registrar o encontro de palmeirenses!!!


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