quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"A gente não morre quando perde alguém da família"


Como vocês conferiram na postagem anterior, a equipe do A gente vai indo... foi até o bairro São Geraldo em busca de personagens para o webdocumentário. E em meio a essa busca encontramos uma senhora humilde, afetuosa e acima de tudo, com uma alegria invejável.

Convido a todos para conhecerem a história de Ana Joaquina Sales, 68 anos. Uma mulher que, apesar das dificuldades e perdas afetivas, consegue distribuir sorrisos.


Moradora do bairro São Geraldo há 40 anos, D. Ana sempre foi uma pessoa de bem com vida.
Casou-se, teve dois filhos homens e depois adotou uma menina, Carolina, de 24 anos. Isso seria o retrato de uma família feliz, mas a vida de Ana Joaquina não foi só alegrias.


Em 1988,  nossa entrevistada perdeu um filho, vítima de acidente de automóvel. Na época o rapaz tinha apenas 22 anos de idade. E apesar da dor enorme, a tristeza não deu trégua e insistia em bater à porta da senhora. Há nove anos ela perdeu também o marido com quem foi casada por 39 anos. Uma união feliz e duradoura.


"Eu só me separava do marido quando ele saía para trabalhar. A tarde ele já estava de volta  em casa! Os vizinhos tinham até inveja da nossa felicidade"
Atualmente D. Ana mora com as duas pessoas mais importantes da vida dela, as netas Amanda e Kailaine, filhas do terceiro filho. O rapaz trabalha fora e vem para Pouso Alegre visitar a mãe e as filhas a cada 15 dias.

   
 
Com a perda do marido, D. Ana passou a ser a chefe da família. Ela recebe de pensão um salário minimo, e é com esse dinheiro que mantém a casa. E mesmo com tantas dificuldades, não perde a alegria. Para diminuir a dor das perdas afetivas, a senhora encontrou no trabalho voluntário uma forma de amenizar o sofrimento. Ela se tornou voluntária no Mosteiro Popular Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro onde mora. Lá, auxilia na preparação das refeições servidas às pessoas que se alimentam no restaurante popular, o qual funciona dentro do mosteiro. 

" A gente não morre quando perde alguém da família. DEUS dá muita força para superar. E se eu não ajudasse no trabalho voluntário, eu acredito que eu não estaria aqui."

E de cozinha D. Ana entende, viu!  Em casa ela manda bem (MUITO BEM) nos quitutes!



"Adoro comer de tudo. Sou uma cozinheira de mão cheia".


Além de realizar o trabalho voluntário, o cuidar das netas, uma de oito anos e outra de nove, é outra forma de D. Ana ser feliz. O carinho e afeto entre avó e netas são vistos a todo instante.


" As crianças são anjos que trazem alegria. As minhas netas são as pessoas mais importantes da minha vida".

  
Não podemos esquecer do Igor, o neto de coração. A filha Carolina cuida da criança para a mãe dele ir trabalhar. Igor passa todo o tempo com "avó" e as netas.



"Faço tudo pelas crianças, se precisar pedir, eu peço. Quero sempre a felicidade deles".


0 comentários:

Postar um comentário